Ollantaytambo |
Águas Calientes |
Lá cheguei na estação do trem que ia me levar a águas calientes, cidade que fica na base de Machu Pichu. Estava bastante frio, e quando olhava pras montanhas geladas em volta parecia mais frio ainda. O trem é muito bonito e confortável e a viagem de quase duas horas passa muito rápido pois é tanta paisagem magnífica que vc não sabe se quer chegar. Olhem um pouco. Vejam que o trem faz até o piuiiiiii!!!
A cidade de águas calientes é praticamente uma base de apoio para Machu Pichu. Tudo lá é em função do turismo. Bom pra eles. Lá peguei um ônibus que me levou por uma estrada em ziguezague na própria montanha de Machu Pichu, a cada curva a ansiedade aumentava. Estava Muito Próximo e já era tudo muito lindo.
Entrada do Parque de Machu Pichu |
A entrada é lotada, mas é só subir alguns metros em uma trilha e vc da de cara com isso aqui ó.
Nessa hora tudo o que eu conseguia dizer era CARALHO!!! CARALHO!!! E alguns PUTA QUE O PARIU também. O primeiro impacto é impressionante. A cidade está toda ali na sua frente, do seu lado, em cima, em baixo. Vc está dentro dela. Do centro religioso do império Inca. Onde todo conhecimento de arquitetura, agricultura, astrologia, matemática e teologia era passado adiante por meio de verdadeiras faculdades e templos do saber e evolução espiritual. Essa é a vista mais clássica da cidade.
Clássico |
Da pra ver que a cidade está inteira. Inteira mesmo. Só faltam os telhados, que por serem de palha se foram a muito. Olha um exemplo de como eram. A cidade só esta assim porque os espanhóis nunca chegaram em Machu Pichu. A cidade foi abandonada por seus habitantes por volta de 1538 antes que os espanhóis destruíssem aquela que era a cidade que representava o lado espiritual do povo Inca. Se cuzco era a cidade da terra, representada e construída em formato de um Puma, Machu Pichu era a cidade do céu, representada e construída no formato de um Condor. Ninguém sabe pra onde foi o Povo que vivia aqui.
Diz a lenda que foram para a cidade perdida, a cidade dos mortos, em forma de serpente, completando a trindade sagrada dos Incas. Machu Pichu só foi reencontrada em 1911 pelo arqueólogo americano Hiram Bingham que procurava cidades perdidas na região. Quando chegou lá, a cidade estava sendo habitada por algumas famílias que se utilizavam de toda estrutura levantada para cultivar alimentos e criar animais.
Aliás Olhem para esses degraus gigantes. Era aí que eles plantavam os 6.342 tipos de batatas existentes no peru. Eles traziam água lá de cima, lá de baixo, de todos os lugares. O sistema de irrigação era extremamente complexo e abastecia toda a cidade.
Este é o templo do sol e suas janelas marcam a direção de incidência do sol no solstício de verão e de inverno. Essa montanha ai na frente é a huaina Pichu. Machu Pichu é a montanha masculina e a Uhaina Pichu a feminina. No topo dela eram realizadas cerimônias e sacrifícios.
Templo do Sol |
Essa é a pedra do condor, na teoria era pra parecer um condor. Bom, ai se faziam sacrifícios também. Como sacrificavam esses incas.
Aqui é alto de dar medo, mas olha que vista maravilhosa. E pensar que as pessoas viviam aqui naturalmente, passando pra lá e pra cá interagindo com este espaço todo sem esse distanciamento de turista. Mexe com a cabeça.
Esse é o relógio de sol. Notem que ele é uma rocha inteira. Como miquelangelo fazia, tiraram tudo que não era relógio e ele apareceu.
Botaram umas llamas no lugar pra dar um ar mais típico. É Legal. Fiquei por aqui em Machu pichu por umas 3 horas mais ou menos. Depois da visita guiada fiquei mais a vontade no lugar. Você paga pra entrar no parque e pode ficar o dia inteiro, tendo que sair as 5 da tarde.
Na saída do parque esbarro com essa figura perdida. Tentei chegar o mais perto possível mas fiquei com medo.
Descendo de Machu Pichu fui explorar um pouco de águas calientes que embora muito cheia não deixa de ser interessante. É muito parecida com penedo e essas cidades de serra do Rio. Um estilinho colonial bem agradável.
Fui para a estação de trem e depois de um atraso de 2 horas parti de volta para cuzco, onde cheguei completamente destruído.